Prezados
familiares, amigos e simpatizantes dos militares do Exercito, Marinha, Aeronáutica,
Policias Militares e Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, é com grande
satisfação e enorme esperança na construção de um país mais justo, livre e
solidário que apresento o Partido Militar Brasileiro - PMB e os conclamo a
fazerem parte desta missão de cidadania.
O
Brasil e os brasileiros não suportam mais os desmandos da classe política
nacional. Todos os dias a imprensa noticia desvios de conduta e atos de
corrupção praticados por aqueles que deveriam representar a vontade soberana do
povo brasileiro, mas que, infelizmente, só representam os seus próprios
interesses e os dos grupos econômicos que os financiam, enquanto milhares de pessoas
vivem numa realidade de absoluta exclusão social.
Daí
é que emerge o nosso dever-cidadão de propiciar ao povo brasileiro uma opção de
resgate da ética, da moral e, em especial, da honestidade na política nacional,
valores tão cultuados pelos militares, dando-lhes assim a oportunidade de
elegerem pessoas compromissadas com a realização de um Brasil soberano e
comprometido com a realização da cidadania e da dignidade humana de todos os
brasileiros e brasileiras.
O
Partido Militar Brasileiro - PMB surge assim como uma inovadora alternativa a
todos aqueles que não mais acreditam nos partidos e nos políticos do Brasil,
uma opção para moralizar o nosso amado País e promover uma profunda modificação
da política e da realidade brasileira.
Por
fim, agradeço ao idealizador desde partido, meu marido Capitão Jose Augusto
Rosa, da Policia Militar de São Paulo, o apoio de todos militares da ativa e da
reserva, familiares, amigos e civis que confiam em nossos ideais, pois sem
vocês não seria possível a criação do Partido Militar Brasileiro.
Brasília,
29 de janeiro de 2011.
ANDRÉA
FRANÇA COELHO ROSA
Presidente
Nacional do PMB
PROGRAMA
– INTRODUÇÃO
A
Constituição Federal de 1988 instituiu e constituiu a República Federativa do
Brasil num Estado Democrático de Direito e alinhou a soberania, a cidadania, a
dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa e o pluralismo político como fundamentos deste novo país.
Ainda
segundo as luzes constitucionais, o objetivo fundamental do Estado Democrático
de Direito brasileiro é o de construir uma sociedade justa, livre e solidária,
que garanta o desenvolvimento nacional, erradique a pobreza e marginalização e
reduza as desigualdades sociais e regionais, promovendo assim o bem de todos,
sem preconceitos de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Infelizmente,
este Brasil idealizado pelos constituintes de 1988 ainda está muito distante da
vida concreta de milhares e milhares de brasileiros e brasileiras. Ao
contrário, o povo brasileiro tem vivenciado uma realidade de marginalidade e
exclusão social, produto, dentre outros fatores, da corrupção que assola a
classe política nacional.
A
retomada da ética e de valores como patriotismo, civismo, honra e honestidade,
dentre outros cultuados pelas Instituições Militares e por milhares de
brasileiros e brasileiras, é imprescindível para que o Brasil arquitetado pela
Constituição Federal de 1988 se torne realidade e, assim, todos tenham
respeitados os seus direitos fundamentais.
Não
se pode mais compactuar e conviver com os desmandos da classe política nacional
que, arvorando-se dona do Estado, transforma o público em privado, demonstrando
completo desrespeito pelo povo brasileiro. A mudança é necessária e urgente.
Destarte,
se de um lado a Constituição Federal de 1988 veda aos militares a filiação
político-partidária, de outro impõe a todos os brasileiros e brasileiras,
inclusive aos militares, o dever cidadão de contribuir com suas ideias, valores
e trabalho para a construção de um país mais justo, livre e solidário.
Como
já dito, a Constituição Federal de 1988 preconiza que o Brasil se constitui num
Estado Democrático de Direito e, como anuncia Norberto Bobbio, a democracia
moderna não se satisfaz apenas com o governo de muitos, mas, para muito além,
pressupõe e exige a participação de todos na formação e conformação do Estado
de Direito, sob pena de negar-se a própria ideia de cidadania, dignidade humana
e pluralismo político, fundamentos da República Federativa do Brasil.
Daí
a importância de que todos aqueles homens e mulheres de bem que simpatizem com
os ideais de ética, honestidade e justiça comum aos militares brasileiros se
unam para representá-los e serem a sua voz no debate democrático que vai
determinar os caminhos a serem percorridos pela sociedade brasileira.
Muitos
lançarão acusações de que o PMB representa o retorno da ditadura. Na verdade,
este discurso é retrogrado e ideologicamente encobre a real intenção daqueles
que tem medo de serem desmascarados e desmantelados no seu projeto de usurpação
das riquezas do povo brasileiro. O segredo e a invisibilidade, leciona Noberto
Bobbio, fortalecem o poder, garantem a impunidade e impedem que as pessoas
identifiquem a situação de dominação e exclusão a que estão submetidas, dificultando
assim as ações de defesa contra o arbítrio daqueles que se sentem donos do
Estado.
E é
justamente aí que surge a importância do Partido Militar Brasileiro para o
resgate da democracia no Brasil. O passado revela erros e acertos dos militares
brasileiros, como também o faz em relação a muitos daqueles que hoje
desrespeitam o nosso país e o seu povo. Mas, mesmo sem esquecer o passado e da
sua relevância para a construção do presente, o mais importante neste momento é
olhar para futuro e para o Brasil que os brasileiros querem construir.
Não
foi sem motivo que, olhando para o futuro, os constituintes de 1988 inscreveram
as Instituições Militares no Título V da Magna Carta, alinhando-as como responsáveis
pela “Defesa do Estado e das
Instituições Democráticas”. O compromisso constitucional dos militares e de
todos aqueles brasileiros e brasileiras que comungam dos seus ideais é com a construção
de um país soberano, que respeite a dignidade da pessoa humana e efetive a
cidadania,
que, na esteira de Hannah Arendt, é o direito a ter direitos.
Mais
do que o exercício de um direito político, a criação do Partido Militar
Brasileiro impõe-se assim como um dever-cidadão para a defesa do Estado
Democrático de Direito e todos os seus corolários. É preciso que os familiares,
amigos e simpatizantes dos valores militares se unam e façam ecoar os seus
ideais de ética, honestidade e justiça pela política nacional, colaborando assim
para que o Brasil seja o país que os brasileiros e brasileiras sonham.
PROGRAMA
DO PARTIDO MILITAR BRASILEIRO
I-
NO ASPECTO DA SEGURANÇA PUBLICA
II-
NO ASPECTO DOS DIREITOS HUMANOS
III-
NO ASPECTO DA SOBERANIA NACIONAL
IV-
NO ASPECTO DA DEMOCRACIA
I-
NO ASPECTO DA SEGURANÇA PUBLICA
O
direito fundamental à segurança encontra-se na gênese do próprio Estado de
Direito. Sem segurança não há ambiente propicio para o desenvolvimento dos
demais direitos fundamentais. Ocorre que, infelizmente, a sociedade brasileira
vive uma crise na segurança pública, que se tornou hoje uma das maiores
preocupações e anseios dos brasileiros e brasileiras. Os ricos e poderosos se
enclausuram nos seus enclaves fortificados e, enquanto isto, o povo brasileiro
está à mercê dos criminosos. Não só dos criminosos visíveis, mas, muito pior,
também daqueles que se fantasiam com pele de cordeiro e que, sem que
percebamos, violam os nossos mais lídimos direitos fundamentais.
Atualmente,
o que se vê é o aumento constante do trafico de drogas, a impunidade dos crimes
de colarinho branco, os presídios abarrotados, a existência de leis brandas e
com inúmeros recursos, a lentidão da justiça, o desaparelhamento das forças
policiais, a falta de reconhecimento, de salários dignos e de leis que protejam
de modo especial os profissionais da segurança publica, enfim, vivencia-se o
caos da segurança pública.
O
cidadão de bem é refém na sua própria casa. Os criminosos não têm qualquer
receio de enfrentar as autoridades públicas e atacar as forças policiais. A
intolerância e a falta de respeito pela diferença têm culminado em ataques a
grupos de minorias, tais como os homossexuais, os índios etc.
Defendemos
a construção de uma cultura cívica pela segurança pública do cidadão, que garanta
uma vida segura e pacifica, envolvendo a participação de todos, conforme
preconiza a Constituição Federal, uma forma de convivência social orientada
pela tolerância, pela proteção social e pela eficiência policial frente ao
crime, implementando políticas sociais e de segurança pública, preservando o direito
à segurança dos cidadãos e cidadãs.
De
outro lado, é preciso também assegurar a ressocialização daqueles que cometeram
crimes, com cadeias e penitenciarias dignas, sem superlotação, com alimentação
adequada e assistência jurídica para evitar injustiças no cumprimento da pena.
A
segurança pública exige a conjugação de ações de prevenção e repressão ao
crime, envolvendo não só as atividades policiais, mas, para muito além, a
adoção de políticas públicas de inclusão social, de forma a garantir a todos o
mínimo existencial.
II-
NO ASPECTO DOS DIREITOS HUMANOS
Para
nós do Partido Militar Brasileiro, o reconhecimento da dignidade inerente a
todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis é
o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no Brasil e no mundo.
Defendemos
a concretização dos direitos fundamentais inscritos na Constituição Federal de 1988
e dos Tratados Internacionais subscritos pelo Brasil, de forma que se garanta a
todos os brasileiros e brasileiras o mínimo necessário a uma existência humana
digna.
O
respeito pelos direitos humanos deve ser observado tanto nas relações verticais
(Estado x Sociedade) quanto nas horizontais (Sociedade x Sociedade) e, para
isto, é importante implementar uma política educacional de direitos humanos,
despertando em todas as pessoas a consciência dos seus direitos e deveres, bem
como a importância de reconhecer e respeitar os mesmos direitos e deveres em
relação ao outro.
Os
direitos humanos fundamentais devem ser reconhecidos pelos cidadãos como
efetivos direitos e não como dádivas daqueles que exercem o poder.
O
PMB também defende a atuação internacional do Brasil para promoção dos direitos
humanos.
III
- NO ASPECTO DA SOBERANIA NACIONAL
As
relações internacionais do Brasil soberano devem ser pautadas pela defesa dos
interesses nacionais, respeitando sempre a autodeterminação dos povos, a não intervenção,
a igualdade entre os Estados, a defesa da paz, a solução pacífica dos
conflitos, o repúdio ao terrorismo e ao racismo, a cooperação entre os povos
para o progresso da humanidade.
O
PMB defenderá os interesses do Brasil e do povo brasileiro e jamais será
subserviente às forças políticas e econômicas internacionais.
IV- NO
ASPECTO DA DEMOCRACIA
O
ideal democrático moderno se aperfeiçoa não no governo da maioria (ou de
muitos), mas, muito além disto, no governo de todos. Na verdadeira democracia
não é apenas um determinado grupo ou classe, ainda que majoritário na sociedade
política, que deve exercer o poder ou governo, sobrepujando os seus interesses
aos dos demais. A educação para cidadania constitui-se assim num instrumento de
efetivação do ideal democrático. É preciso que o cidadão esteja em condições de
ver, ouvir, sentir e refletir criticamente sobre os temas que interessam ao
Brasil e aos brasileiros.
O
PMB defende o debate plural e aberto entre todos os segmentos sociais
brasileiros para efetivação do Estado Democrático de Direito. Alijar
determinado grupo social do debate político é negar-lhe a cidadania e, consequentemente,
a sua condição humana e a própria democracia.
Todas
as pessoas precisam compreender a importância da sua participação no debate
político, vez que é a participação de todos e de cada um que garante a
legitimidade das decisões tomadas como exercício supremo da liberdade
individual.
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